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Clínica Sul Mineira Tomosul

Clínica de Diagnóstico por Imagem

Receber o diagnóstico de uma doença terminal é como ouvir o som de um relógio que nunca antes havia sido notado. O tempo, que parecia infinito, de repente se torna precioso, e a vida assume uma nova perspectiva. Para aqueles que vivem essa realidade — pacientes, amigos ou familiares — cada momento ganha um peso único, e a maneira de lidar com a situação pode transformar uma experiência de dor em um ato profundo de amor.

A Realidade

Doenças terminais, como certos tipos de câncer em estágio avançado, ELA (esclerose lateral amiotrófica) ou doenças neurodegenerativas como Alzheimer, são condições para as quais não há cura conhecida e cujo prognóstico geralmente inclui uma redução significativa na expectativa de vida. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 40 milhões de pessoas no mundo necessitam de cuidados paliativos a cada ano, mas apenas 14% recebem esse tipo de assistência.

Esse tipo de diagnóstico não afeta apenas o corpo, mas também a mente e o espírito. A pessoa pode experimentar medo, tristeza e, muitas vezes, uma profunda necessidade de significado. Para os familiares, a dor do “luto antecipado” — o sofrimento pela perda iminente — também pode ser esmagadora.

Apoio

A maneira como os amigos e familiares lidam com o tema pode fazer toda a diferença para o paciente. Aqui estão algumas práticas essenciais:

1. Ouça mais fale menos

Em momentos de dor, o silêncio pode ser mais reconfortante do que qualquer palavra. Esteja presente, ofereça seu ombro e permita que a pessoa compartilhe seus sentimentos sem julgamentos ou interrupções.

2. Evite frases feitas

Comentários como “Tudo acontece por uma razão” ou “Você é forte, vai superar isso” podem soar insensíveis. Em vez disso, diga: “Eu estou aqui com você” ou “Como posso te ajudar hoje?”.

3. Aceite o ritmo do paciente

Algumas pessoas preferem falar abertamente sobre sua condição; outras, não. Respeite o tempo e os limites de quem está vivendo a doença.

4.  Momentos de alegria

Pequenos gestos, como uma caminhada no parque, ouvir uma música favorita ou simplesmente rever fotos antigas, podem trazer um alívio momentâneo e reforçar conexões afetivas.

5. Autonomia

Mesmo em situações de grande fragilidade, é importante que o paciente participe das decisões que o envolvem, seja sobre cuidados médicos ou até sobre atividades cotidianas.

A importância de falar sobre o fim

A morte ainda é um tabu em muitas culturas, mas falar sobre ela com naturalidade pode trazer conforto. Estudos mostram que pacientes que têm a oportunidade de expressar seus desejos e medos a respeito do fim da vida relatam menor ansiedade e maior sensação de controle.

Converse sobre temas importantes, como cuidados médicos desejados, preferências sobre o velório e até mensagens que gostariam de deixar para as pessoas queridas. Essas conversas, embora difíceis, podem ser libertadoras.

Encerre com amor

Enfrentar uma doença terminal nunca será fácil, mas pode ser transformador. Nessas circunstâncias, o amor, a paciência e o respeito se tornam os maiores remédios, não apenas para o paciente, mas para todos que o rodeiam.

Abrace o tempo que resta, mesmo que pareça curto. Afinal, é nos momentos mais frágeis que o verdadeiro significado da vida se revela.

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