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Qual é a medida certa de atividade física na gravidez?

Tem gestante que fica com medo de praticar exercícios, achando que pode colocar sua saúde ou a do bebê em risco. Há também quem queira tirar o atraso de toda uma vida sedentária nos nove meses da gravidez

Se a gestante não tem nenhuma contraindicação, fazer exercícios é, inclusive, recomendado. Segundo as diretrizes do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, as grávidas devem fazer ao menos 150 minutos por semana de atividade aeróbica de intensidade moderada – que é aquela em que não se vai ao limite do esforço e varia de pessoa para pessoa.

A lista de benefícios de ser uma grávida ativa é grande – de prevenção de doenças a bem-estar. Um estudo da organização americana Mayo Foundation for Medical Education and Research, publicado em outubro de 2019, mostra que o exercício orientado, de intensidade moderada a vigorosa (mais intensa), realizado durante a gestação é eficaz na prevenção do ganho de peso e também evita seus riscos relacionados ao diabetes gestacional. Quer mais?

“Eles ajudam não só no controle do peso, como também a fortalecer a musculatura que vai ser exigida nesse período e, posteriormente, durante a amamentação. Melhoram a circulação sanguínea e podem ajudar a diminuir o inchaço, comum no fim da gestação. Além das vantagens para o físico, é indiscutível que há ganhos na disposição. As grávidas têm menos queixas de dores musculares e articulares. E se sentem mais animadas”, disse a ginecologista e obstetra Fernanda Valente, da clínica Invita Medicina Reprodutiva (SP), à Revista Crescer.

E não são apenas as futuras mães que lucram com as atividades físicas. “O exercício previne uma série de doenças, e isso se reflete na saúde do bebê. Ajuda a evitar, por exemplo, que uma gestante fique diabética e o bebê nasça macrossômico, ou seja, com excesso de peso. Também previne hipertensão na gravidez, que gera maior risco de parto prematuro e de o bebê nascer com baixo peso”, explicou a personal trainer Gizele Monteiro, especializada em gestantes e pós-parto, mestre pela Unifesp e idealizadora dos programas online Gravidez em Forma e Pós-Parto – Mães em Forma (SP), também em entrevista à Revista Crescer.

Segundo a especialista, observa-se também que a atividade física promove uma melhora da placenta. “Esse órgão na mulher que treina é mais pesado e irrigado e tem uma qualidade de oxigenação melhor. Então, a relação que se faz é que esses bebês são mais bem nutridos e oxigenados”, disse Gizele. Ainda há boas notícias para o desenvolvimento da criança. De acordo com os pesquisadores da East Carolina University, nos Estados Unidos, filhos de mães que se exercitam durante a gravidez têm um desenvolvimento motor melhor, levando-os a serem crianças mais ativas.

E aí, tudo liberado?

Antes de mais nada, é preciso conversar com o seu médico para que ele libere a atividade física. Em linhas gerais, pode praticar exercícios toda gestante que seja saudável, não apresente sangramento e cujo feto esteja evoluindo de forma adequada durante o pré-natal. E quem não pode? Gestante que apresenta sangramento. Outro motivo: ter colo uterino encurtado precocemente, detectável por ultrassom. A época mais crítica em que isso pode acontecer e sinalizar risco de parto prematuro é em torno de 20 a 22 semanas. Mais uma razão é a gestante ter placenta prévia, ou seja, quando ela se fixa no útero num ponto muito baixo, próximo do colo do útero ou recobrindo-o e, com isso, provoca sangramentos.

Também é preciso ter cuidado com algumas atividades físicas quando o feto não está crescendo de forma adequada. E se a gestante já apresenta alguma lesão ortopédica, como fratura, lesão de ligamento no ombro ou joelho ou bursite, por exemplo, não pode forçar ou sobrecarregar essas articulações, uma vez que elas serão mais exigidas por causa do aumento de peso. Esses casos merecem antes uma investigação. Há restrições, ainda, para grávidas que estejam hipertensas durante a gestação e aquelas com alteração cardíaca ou pulmonar.

 (Fonte: DANIELA FOLLONI / www.revistacrescer.globo.com)

 

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