Os dois são exames de imagem em que o paciente deve ficar imóvel. Eles fazem “fotografias” dos órgãos internos do corpo. As semelhanças entre raio-x e tomografia computadorizada fazem com que surjam algumas dificuldades para diferenciá-los. Com a ajuda do Dr. Ronaldo Hueb Baroni, Coordenador Médico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, listamos diferenças, semelhanças e características dos exames:
RAIO-X
O que é?
O princípio que permite a formação da imagem na radiografia é o próprio feixe de raios-x, que é emitido por um tubo e atravessa o corpo do paciente até atingir um filme, possibilitando a visão de estruturas internas do corpo com base nas diferenças de densidades entre elas.
Quando é usado?
Muito utilizado para obter imagens dos pulmões, seios da face ou para auxílio na avaliação ortopédica, como o diagnóstico de fraturas. Também é usado em Unidades de Terapia Intensiva, já que o equipamento pode ser deslocado até o leito do paciente caso ele tenha dificuldades para se locomover.
Quem não deve fazer?
Exames de raio-x não emitem alta quantidade de radiação e, por isso, não causam tanta preocupação em relação à exposição. Mas, exames múltiplos e desnecessários devem ser evitados.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
O que é?
Radiografia e tomografia são “primos”, no sentido de que o princípio que permite a formação da imagem, nos dois exames, é a mesma. Só que na tomografia, o processo é mais sofisticado, já que o tubo se move ao redor do paciente e emite um feixe de raios-x que atinge detectores posicionados no lado oposto, com isto tirando várias imagens simultâneas e com mais detalhes. Os aparelhos mais modernos contam com múltiplas fileiras de detectores, possibilitando exames mais rápidos e ainda mais detalhados.
Quando é usado?
Se uma radiografia pode servir bem para fazer o diagnóstico de uma pneumonia, a tomografia vai além e consegue mostrar um nódulo pulmonar menor do que 1 cm. Assim como no raio-x, pode-se realizar exames de tomografia de todas as regiões do corpo, como crânio, seios da face, tórax, abdômen e esqueleto ósseo, com grande detalhe anatômico.
Quem não deve fazer?
A exposição à radiação em tomografias é muito maior do que nas radiografias. Fazer uma tomografia por ano, por exemplo, não é problemático. Submeter-se a 20 no mesmo período já traz uma carga mais importante de radiação. Assim, deve-se ponderar se há exames alternativos, sem radiação, e sempre utilizar a menor dose possível capaz de gerar imagens diagnósticas.
Mulheres gestantes devem evitar exames que envolvam radiação ionizante (raio-x ou, principalmente, tomografia computadorizada). Entretanto, é importante ressaltar que a realização de um único exame de tomografia durante qualquer fase da gestação, mesmo que de forma inadvertida, não acarreta riscos significativos à gravidez ou ao desenvolvimento do feto.
?Além disso, muitas vezes é necessária a utilização de contrastes endovenosos à base de iodo, com potenciais restrições aos alérgicos à substância ou quem tem insuficiência renal. Nesses casos, são aplicados questionários específicos antes dos exames para identificar quais os pacientes de risco, buscando aumentar a segurança.
(Fonte: G1 – Globo)