O Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (30 de agosto) acende um alerta sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, já que seus sintomas podem ser exacerbados pelo stress e agitação da vida moderna.
De acordo com a fisioterapeuta da Ekiness, Talita Sanchez, a Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune e degenerativa que acomete os neurônios do sistema nervoso central através de surtos ou de forma contínua e progressiva. Os surtos podem ter remissão, com recuperação parcial ou total dos sinais e sintomas. “Afeta tanto a mobilidade, quanto as funções sensoriais, especialmente a visão, equilíbrio e coordenação”, explica a especialista.
A esclerose múltipla não é contagiosa, não é uma doença mental, mas infelizmente ainda não tem cura. Acomete homens e mulheres de todas as faixas etárias, mas a incidência é maior em mulheres entre 20 a 40 anos. Estima-se que no Brasil 35 mil pessoas estejam em tratamento.
As manifestações são bem amplas, incluindo alterações motoras por fraqueza, espasticidade (uma alteração de controle muscular que é caracterizado pelo aumento do tônus muscular), déficit sensorial, de coordenação e de equilíbrio. Pode comprometer também a visão, a fala e a deglutição, além das funções urológicas e intestinais. Também pode afetar as funções cognitivas e emocionais. A fadiga costuma ser o sintoma mais presente. Portanto, o primeiro passo é consultar um neurologista.
Atualmente as pesquisas buscam por uma cura e por alternativas mais eficazes que controlem o avanço da doença. O tratamento da EM é embasado no controle dos sintomas que cada paciente apresenta, bem como no uso de medicamentos que tentam desacelerar sua progressão.
Por comprometer as funções motoras e sensitivas, afeta diretamente a rotina desses pacientes. A fisioterapeuta Talita Sanchez orienta que o método Pilates pode ser benéfico quando utilizado por um fisioterapeuta conhecedor da doença.
“Essa modalidade atua como um recurso terapêutico para o ganho ou manutenção da mobilidade, através da resistência e assistência das molas para otimizar a força e flexibilidade. Também ajuda a melhorar a postura, a coordenação e a simetria dos movimentos. É muito eficaz para trabalhar a capacidade respiratória e a musculatura do assoalho pélvico. É uma excelente opção para somar-se a fisioterapia e melhorar e manter a funcionalidade e o máximo da independência do paciente”, finaliza a especialista.
(Fonte: www.agoravale.com.br)