Cuidados paliativos são uma abordagem multidisciplinar voltada para melhorar a qualidade de vida de pacientes que enfrentam doenças graves ou ameaçadoras à vida. Eles envolvem suporte físico, emocional, social e espiritual, tanto para o paciente quanto para sua família. No entanto, uma dúvida comum é: quando começar os cuidados paliativos? A resposta, com base em evidências científicas, é que esses cuidados devem ser iniciados o mais cedo possível, idealmente logo após o diagnóstico de uma doença grave que tenha potencial de causar sofrimento prolongado. Isso não significa que os cuidados paliativos se restringem aos momentos finais da vida, como muitas vezes é pensado. Pelo contrário, eles podem e devem coexistir com tratamentos curativos, proporcionando alívio do sofrimento e melhorando o bem-estar geral do paciente. O que diz a ciência? Estudos demonstram que a introdução precoce dos cuidados paliativos traz benefícios significativos. Um estudo publicado no New England Journal of Medicine mostrou que pacientes com câncer de pulmão avançado que receberam cuidados paliativos desde o início do tratamento apresentaram melhor qualidade de vida e até maior sobrevida em comparação com aqueles que receberam cuidados paliativos apenas nas fases mais avançadas da doença. A ideia é que, ao focar no controle dos sintomas, como dor, falta de ar, náusea e ansiedade, é possível proporcionar uma vida mais confortável e digna, mesmo em meio a uma doença grave. Quando considerar os cuidados paliativos? Os cuidados paliativos podem ser considerados em qualquer fase de uma doença grave, como câncer, insuficiência cardíaca, doenças neurológicas progressivas (como Alzheimer ou esclerose lateral amiotrófica), insuficiência renal crônica e outras condições limitadoras da vida. Alguns sinais de que os cuidados paliativos devem ser iniciados incluem:
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Dificuldade no controle dos sintomas, como dor intensa ou desconforto.
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Declínio progressivo da funcionalidade e qualidade de vida.
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Necessidade frequente de hospitalizações ou idas ao pronto-socorro.
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Estresse emocional significativo, tanto para o paciente quanto para os familiares.
O papel dos exames de imagem nos cuidados paliativos Em uma clínica de exames de imagem, o papel dos exames diagnósticos continua sendo essencial, mesmo no contexto dos cuidados paliativos. Esses exames ajudam a monitorar a evolução da doença, detectar complicações precocemente e auxiliar no ajuste dos tratamentos sintomáticos. Assim, a Radiologia é uma aliada na tomada de decisões que priorizam o bem-estar do paciente, ajudando a evitar intervenções desnecessárias e focando na melhoria da qualidade de vida. Resumindo, os cuidados paliativos devem ser vistos como parte integrante do cuidado de doenças graves, desde o início da jornada do paciente. Ao incorporar essa abordagem precocemente, é possível reduzir o sofrimento e melhorar significativamente a qualidade de vida, independentemente do estágio da doença.