No Brasil, aproximadamente 3 milhões de pessoas convivem com a insuficiência cardíaca (IC) – doença conhecida como “coração fraco”. Só no último ano no país, foram registrados cerca de 240 mil novos casos, com um impacto expressivo no Sistema Único de Saúde. É a terceira principal causa de internação em pessoas com mais de 60 anos e responsável por quase 50% das mortalidades em até 5 anos após o diagnóstico. Nos casos mais graves, metade dos pacientes pode falecer dentro de apenas um ano.
Sinais de alerta
- Falta de ar ao deitar ou ao realizar esforço físico
- Cansaço e fadiga constante
- Inchaço nos pés, tornozelos, pernas ou abdômen
- Tosse seca persistente, especialmente noturna
- Ganho rápido de peso, por retenção de líquidos
- Batimentos cardíacos acelerados ou irregulares
Prevenção é agir antes: para reduzir o risco de desenvolver IC, priorize:
- Controle rigoroso de hipertensão, diabetes e colesterol, principais fatores de risco
- Dieta saudável: limite o sal a 5–6 g/dia, evite açúcar em excesso e gorduras ruins
- Atividade física regular: ao menos 150 minutos semanais de intensidade moderada (caminhadas, ciclismo, natação)
- Não fumar e evitar bebidas alcoólicas, especialmente para pacientes com IC
- Manter o peso adequado e garantir qualidade do sono (7–8 h por noite)
A adesão ao tratamento é fundamental para evitar internações e complicações:
- Uso correto e contínuo dos medicamentos prescritos (como diuréticos, inibidores da enzima conversora, betabloqueadores)
- Peso diário e automonitoramento importantes para identificar retenção de líquidos precocemente
- Reabilitação cardíaca, acompanhamento multidisciplinar (nutricionista, fisioterapeuta, cardiologista, equipe de enfermagem e farmacêuticos)
- Reavaliações médicas regulares e realização de exames (ecocardiograma, eletrocardiograma, marcadores como peptídeos natriuréticos)
- Em casos avançados: avaliação de dispositivos (marca-passo, desfibrilador), transplante ou assistência ventricular.
Mas há esperança: reconhecer sintomas, iniciar tratamento imediato, adotar hábitos saudáveis e manter acompanhamento são estratégias comprovadas para melhorar a sobrevida e reduzir complicações.